sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Salvar o Planeta Terra, ainda dá tempo!

"A Terra tem o suficiente para a necessidade de todos, mas não para a ganância de uns poucos." (Mahatma Ghandi).


Se analisarmos as inúmeras espécies que habitam o nosso planeta, concluiremos que os seres humanos são a espécie biológica que melhor se adaptou.

Desde a origem evoluiu e ocupou todas as regiões do planeta, criou estruturas sociais complexas, descobriu novas tecnologias, e com a sua tendência expansionista, a cada dia aumenta a capacidade de exploração dos recursos naturais.

Entretanto, a trajetória evolutiva do ser humano sobre o Planeta Terra tem sido altamente predatória.

A utilização desenfreada dos recursos naturais do planeta tem sido maior do que a sua capacidade regenerativa. E em nome do progresso econômico, ecossistemas inteiros foram e continuam sendo destruídos, colocando em risco a sobrevivência de muitas espécies e do próprio homem.

Por conta disso a crise ambiental está aí, bem na nossa frente, fazendo com que temas como ecossistemas, aquecimento global, reciclagem, sustentabilidade, passem a fazer parte do nosso dia-a-dia.

Diferentemente do que acontecia há algumas décadas, quando as discussões sobre meio ambiente era restrita a alguns poucos cientistas, já preocupados com o rumo do nosso desenvolvimento e das organizações ecológicas, hoje permeiam todas as ações de desenvolvimento, embora sem a devida profundidade de análise, que seria necessária dada à gravidade do problema.

Só para lembrar, o maior poluidor atual é o EUA, que até agora não tornou-se signatário do protocolo de Kyoto pela diminuição da emissão de gases na atmosfera.

No Brasil, embora os progressos significativos na fiscalização e no processo de liberação de obras que possam causar danos significativos ao meio-ambiente, ainda existe uma séria rejeição do Governo Federal à causa ecológica, notadamente daquelas obras que fazer parte o arcabouço desenvolvimentista propostas pelo Governo Lula no PAC.

De qualquer forma, o aquecimento global está ai, os buracos da camada de ozônio são uma realidade e as mudanças climáticas observadas não deixam qualquer dúvida: A Terra está doente.

Assim, o que antes era assunto pontual de alguns segmentos da sociedade, hoje, pela urgência do tema, tornou-se uma discussão mais ampla e a sua importância extrapola a vontade e o desejo de alguns, é necessário transformar-se numa preocupação de todos e de cada um de nós

A Responsabilidade de cada um

“A crise ecológica – isto é, o principal problema de Gaia – não é a poluição, o lixo tóxico, a destruição da camada de ozônio ou qualquer coisa semelhante. O principal problema de Gaia é que não há um número bastante grande de seres humanos que tenha se desenvolvido até os níveis de consciência pós-convencional, mundicêntrico e global o que faria com que eles se voltassem naturalmente para a conservação deste planeta.” (Ken Wilber in Psicologia Integral).

Ao analisarmos a frase acima, não podemos deixar de considerar que é necessário fazer uma reavaliação urgente, no nosso atual padrão de consumo. A relação do ser humano com a Terra é baseada em estágios primitivos de atendimento de necessidades, por isso, talvez, a necessidade de sobrevivência das sociedades primitivas ainda esteja muito presente no nosso inconsciente coletivo.

Assim, crenças primitivas sobre competição e sobrevivência – mesmo maquiadas e vendidas como “modernas” pela literatura política e econômica – alimentam ciclos de opressão, miséria, guerras e depredação ambiental.

Na base da crise ecológica está uma crise de valores e de significados, a mudança do paradigma de uma visão individualista para uma visão sistêmica e coletiva, é a mudança de estágio de consciência, da qual depende a nossa sobrevivência como espécie.

Esse com certeza é o maior desafio da nossa geração, quebrar o paradigma de modelo egoísta e centralizado nas necessidades individuais do “EU” para um modelo coletivo, mais inclusivo, que aceite e respeite a diversidade, do “NÓS”.

Mas tem que ser um “NÓS” que realmente inclua “TODOS NÓS”, porque na verdade estamos todos no mesmo barco, e nenhum barco afunda pela metade.

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